terça-feira, 19 de março de 2013

Bons modos à mesa – parte 2


Dando continuidade aos tutoriais de bons modos à mesa, vamos a um utensílio muito importante, ainda que pouco reconhecido: o guardanapo de papel.


O nome “guardanapo” vem do grego “guardanapoulus”, que significa, em uma tradução livre, “retirada de grãos”. Como muitos sabem, já que História é uma aula muito apreciada nas escolas, os gregos sempre foram grandes produtores de uvas. E uvas, em sua maioria, possuem caroços. Durante o consumo do fruto, não era incomum que os gregos mantivessem alguns destes caroços em suas vestes, na mesa e, em alguns casos mais raros, no nariz e lóbulo da orelha esquerda. Os caroços eram tidos como grãos celestiais, pois deles vinham novas plantas produtoras do amado fruto.

Nestas situações onde os grãos - ou como chamamos atualmente, os caroços - estavam em outro lugar que não dentro das respectivas uvas ou nos depósitos projetados especificamente para a alocação dos caroços (chamados de “granoleirous”, em grego), havia a necessidade de recolhê-los com cuidado e delicadeza. Para isso, existiam os guardanapoulus.

Novamente nos valendo da exata e, por que não amada, ciência histórica: os gregos foram influenciados por diversos povos em sua cultura e ciência, inclusive os egípcios. Nãos os egípcios de hoje, que só são lembrados por morarem próximos às Pirâmides, mas aqueles que de fato criaram tais monumentos. Um dos maiores e mais menosprezados dos benefícios deixados por esta maravilhosa civilização foi o papiro. Não pretendo, neste momento, entrar nos detalhes da fabricação do papiro e de sua contraparte mais tecnológica - o papel - mas é importante notar que os gregos, por conta desta influencia e troca de conhecimento, eram capazes de produzir tal iguaria. Os papiros, não as pirâmides, que fique bem claro.

Bem, o papel, como já era chamado na grécia, era amplamente utilizado em cerimônias reais e de suma importância, como a produção planadores em miniatura (que muito tempo depois inspiraria uma das maiores mentes da humanidade, Leonardo da Vinci), dobraduras e como apito improvisado. Mas provavelmente a mais importante função tenha sido justamente a de proteção dos já citados grãos, quando encontrados nos locais não específicos para eles.

Agora que conhece um pouco mais da história deste fascinante objeto do dia a dia, vamos falar sobre sua versão atual, o guardanapo de papel.

Ainda que seja possível encontrar tal utensílio em outros materiais, como papelão, tecido, pano, lixa e escamas de dragões-de-comodo, os de papel são mais fáceis de encontrar em lojas especializadas e, também, mais fáceis de reconhecer.

Seu formato é sempre quadrangular. Uma subvariação deste, que chamamos de guardanapo de papel especializado, é quadrado. A diferença entre ambos é facilmente perceptível quando colocamos um ao lado do outro. O quadrangular possui geralmente os lados paralelos do mesmo comprimento, enquanto que o subtipo quadrado possui os quatro lados com a mesma medida. Existem sim guardanapos em outros formados, como triangulos, pentágonos, oréganos e hexágonos, mas são mais difíceis de encontar e mesmo de estocar.

Devido à grande variedade de marcas encontradas no mercado, a personalização do produto acaba se extendendo para além das embalagens queos contêm. O guardanapo de papel ortodoxo, respeitado pelas autoridades competentes e com o selo de garantia do Inmetro e da Anvisa é branco. É possível encontrá-los, entretanto, em diversas outras cores, e até mesmo desenhos, mas geralmente são formas de tornar mais mundano o objeto.

Quanto à utilização do guardanapo de papel, vamos a um tutorial. Esta forma é a aprovada pela ONU, embora existam outras formas, geralmente feitas por profissionais performáticos para fins de entretenimento.

Passo 1: Escolha um guardanapo de papel branco, quadrado, e verifique seu peso. Se você notar que ele pesa mais do que 35 gramas, peque outro, pois este não é de papel. Verifique a colocação dele: se não for completamente branco, pode ser que ele já tenha sido usado. Por isso o blog recomenda sempre o uso de guardanapos de papel brancos.

Passo 2: Verificadas as propriedades e reconhecido como um autêntico guardanapo de papel, coloque-no em sua mão, apoiado longitudinalmente sobre seus dedos. Aqui sugerimos manter a mão que segurará o utensílio aberta, com a palma virada para cima, para facilitar o encaixe.

Passo 3: Suavemente, feche o polegar da mão que está segurando o guardanapo de papel de forma que este fique entre o polegar fechante e a palma da mão que o segura. Dependendo do tamanho da mão, e da habilidade do usuário, é possível manter o polegar sobre o dedo indicador, mas não aconselhamos fazer isso nas primeiras tentativas.

Passo 4: Verifique, com movimentos simples da mão, que o guardanapo de papel encontra-se firmemente fixo em sua mão. Note que estamos ainda nos referindo a mão que começou o exercício, que não deve ser trocada no decorrer do mesmo. Caso o utensílio encontre-se seguro, proceda para o passo seguinte. Se não estiver seguro, pegue outro guardanapo de papel e repita os passos anteriores. Evite pegar um guardanapo que tenha caído no chão (ou em outra superfície), pois os agentes contaminantes podem influenciar o perfeito funcionamento do objeto.

Passo 5: Com o guardanapo de papel firmemente afixado em sua mão, leve-no até a superfície que necessita ser limpa. A superfícies que geralmente necessitam da ação limpante do utensílio são as seguintes:
  • boca
  • rosto, ao redor da boca
  • rosto, a região entre a boca e o nariz
  • testa
  • braços
  • a outra mão
  • a mesa
  • o carro do vizinho
  • a mesa que estava sem o porta-copos

Verifique que o guardanapo de papel deve encostar na superfície a ser limpa ANTES das mãos, para que sua eficácia se verifique.

Passo 6: Deslize o guardanapo de papel, com o apoio da mão que o segura, sobre a superfície a ser limpa. A sugestão é que o movimento seja mais lento do que o de levar uma colher à boca (veja post anterior sobre o assunto), pois a capacidade de absorção dos diferentes tipos de papel que compõem os guardanapos de papel varia. Se o papel for pouco absorvente, e o movimento for muito rápido, a sujeira que deveria ser capturada pelo papel espalha-se pelo ambiente, e a pessoa ao seu lado pode não gostar.

Passo 7: Terminado o movimento sobre o material a ser capturado, faça uma leve torção na mão (como se estivesse girando a mão para deixar o guardanapo de papel para cima, evite outras torções) para que o utensílio volte a repousar sobre a mão pegante. Espera-se que o guardanapo de papel esteja agora da cor daquilo que pretendia ser capturado, e a superfície esteja limpa. Se não for o caso, pegue outro guardanapo e repita todos os passos.

O tutorial foi elaborado para a perfeita utilização de guardanapos de papel quadrangulares e brancos. Ele pode ser adaptado para a utilização de outros formatos e até mesmo outros materiais, mas o blog não aconselha estas alternativas para leitores pouco acostumados ao uso do utensílio. Existem casos de usuários iniciantes que tentaram trocar o material de papel para outros, e até hoje não conseguem falar a respeito.

Lembrem-se sempre: segurança em primeiro lugar.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Mudanças no Blog

Pois é!
Acho que estava na hora de dar uma atualizada neste blog.
Em reunião, os autores decidiram por dar um visual mais profissional ao blog, que serve para auxiliar pessoas nas tarefas simples do dia-a-dia.
Resolvemos organizar um pouco melhor, atualizar visualmente este espaço e selecionar novamente os autores.
Nos próximos dias, vocês, nosso estimado público, verão novas dicas que facilitarão, e muito, o cotidiano. Aquelas tarefas que estamos habituados a fazer de uma maneira, mas podemos descobrir novas maneiras de fazer. Ou então, podemos mesclar as maneiras novas que aprendemos, com as que já estamos habituados, e criar uma terceria maneira.

Enfim, estaremos publicando novos textos, brevemente, e aguardamos sugestões de temas, pautas, matérias, passo-a-passos, guias.
Em breve, o Aprender é Educativo vai se tornar o maior site de referência para GTD e DIY!

terça-feira, 30 de março de 2010

Suporte em informática - parte 1

Hoje em dia é visível a necessidade de conhecimentos de informática em todos os aspectos da vida moderna. Desde um simples acesso à sua conta de banco, em um caixa eletrônico, por exemplo, até a programação de rotas de viagens espaciais para a ISS, tudo envolve informática.

Existem bons cursos de informática? Sem dúvida, mas como não me pagam para isso, não vou falar quais. Mas os realmente bons são caros, e os gratuitos ou baratos não abrangem todos os aspectos altamente sofisticados da informática.

Assim, abro uma nova frente de explicações, para que o contato entre o computador e o usuário se torne mais íntimo, mas nem tanto.

Exemplo de mouse realista
E, para começar, vamos ao periférico ícone da informática pessoal: o mouse.

Mouse vem da língua inglesa, língua materna da informática, e significa rato. A semelhança entre os mouses atuais e os ratos é perceptível, embora não seja tão óbvio assim ao comparar com modelos mais antigos do periférico.

Um dos mouses antigos
Para começar a entender o funcionamento, é interessante visualizar como era a primeira versão do periférico tão comum no dia a dia.

Nas origens do periférico, seu formato era o de uma caixa pequena, que cabia na palma da mão, com um grande e saliente botão que tinha como função a interação com o ambiente visualizado. O ambiente era navegado através de uma representação gráfica na tela de uma seta, quadrado, em raros casos estrelas, aviões e sabonetes.

Faço uma nota importante aqui: o formato do cursor não era realmente importante, uma vez que na época de seu surgimento, nos idos dos anos 80 do século passado, as placas gráficas não eram capazes de produzir uma variedade muito grande de objetos, então o formato final do cursor, entre vários outros elementos gráficos, havia um fator subjetivo muito forte.

Este cursor transpõe o movimento realizado no mouse para a tela do computador, transformando assim a funcionalidade do punho e do braço do usuário para o computador. Não entrarei no método tecnológico da captação de posicionamento espacial do mouse para o cursor neste capítulo.

Mouse moderno
Atualmente é possível notar que houve uma melhoria, ao menos estética, no conjunto. Eles podem ser, mas não mais são quadrangulares, assumindo diversos formatos, alguns anatômicos, outros não muito, mas certamente diversificados. Uma busca na internet permite visualizar estas modificações estéticas. Outra característica, esta mais importante, é o aumento no número de botões.

Originalmente os mouses possuíam apenas um botão, central e com uma única função. Com o advento de maior capacidade de processamento e diversificação de funções, o mouse adquiriu mais botões e, portanto, mais funcionalidades.

Mouse especial
Normalmente são adicionados mais um botão, transformando o único em botão esquerdo, e o novo convencionalmente chamado de botão direito, e um terceiro botão, entre estes dois, que tem a característica de ser uma roda, com funções úteis, não apenas estéticas. Há relatos de mouses com 4 ou 5 botões, mas nem sempre é necessário.

Mouse intuitivo
A utilização do mouse é menos complexa do que pode parecer a primeira vista. Especialmente com os modelos atuais, anatômicos e bem adaptados para o uso humano. Existem algum casos que o formato do mouse é tal que permite a intuitiva utilização do mesmo, mas para quem não tem acesso a estes modelos especiais, segue um tutorial.

O posicionamento, diferente do que se espera, é com o que seria a cauda do mouse, que é seu cabo de conexão em direção ao monitor. Em casos que o computador não possui monitor, ou então o mouse não possui cabo, sugiro aguardar a versão estendida deste manual.

Coloca-se a mão com a palma em concha (parecido com uma colher, como pode ser visto em outro manual aqui mesmo neste site) por cima do mouse, como se estivesse tentando cobrí-lo. Desta forma, os dedos encontram-se convenientemente próximos ao(s) botão(ões) do aparelho. Desta forma, seus dedos podem operar os botões do mouse sem a necessidade de se utilizar as duas mãos, como é visto de forma mais corriqueira.

Empregando, então, o movimento coordenado do braço, antebraço, punho e mão, o mouse deve ser movimentado pela mesa, ou pelo mousepad, como se o que é visto na tela estivesse na mesa. Ou seja, se você quer que o cursor, independente de sua forma, mova-se para cima, você deve mover o mouse para frente. Se a intenção é mover o cursor para a direita, mova o mouse para a direita.

Mouse fora de controle
É importante ressaltar que o movimento do mouse não é, necessariamente, na mesma velocidade e amplitude do movimento do cursor na tela. Isso é bastante importante para mouses que possuam cabos com menos de 35m, e monitores com mais de 15". Existem casos de usuários que, acreditando que possuiam controle suficiente do periférico, se puseram a utilizar o mesmo para jogos simulados de tênis, e que terminaram hospitalizados. E há casos piores, que não convém entrar em detalhes. Pratique muito sozinho.

A prática no uso do mouse é algo extremamente importante, e que não deve ser menosprezada. Procure praticar no banheiro, com um sabonete, e na parede, para começar. Desta forma você corre menos riscos pois não precisa treinar usar os botões, e acostuma seu braço a movimentar-se como faria em uma mesa, e seu cérebro a raciocinar o movimento do braço com o movimento em um plano vertical.

Ambiente de treinamento
Depois de praticar com o sabonete, procure tentar com o mouse desconectado do computador. Esvazie o ambiente de treino de materiais mais sensíveis ou caros, como jarros da dinastia Ming, telefones, gatos persas, tapetes persas, crianças com menos de 12 anos de idade, canecas de vidro, canecas de plástico, espelhos, bolas de cristal, cônjuges, fruteiras, televisores, tábuas de carne, entre outros. Existem empresas especializadas em treinamento com uso de mouse, que funcionam com êxito no quesito segurança para o usuário. Suas paredes são projetadas para minimizar o impacto de um usuário inexperiente com a superfície, e seus espaços são minimalistas, de forma que a chance de uma fratura grave é mínima.

Em geral duas a três semanas de treino são suficientes para que um usuário padrão se acostume com o uso do equipamento, que reflete a palavra da moda na informática: usabilidade.

Estamos disponíveis para consultas em horário comercial da internet, mas não nos responsabilizamos por injúrias na tentativa de uso indevido, como em consoles de video games e notebooks. Não nos responsabilizamos por uso indevido em lugares impróprios, como televisores, geladeiras ou ônibus.
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Glossário

mouses - plural de mouse, embora os nativos de língua inglesa insistam em dizer mice.
mousepad - superfície onde o mouse é apoiado, geralmente com logotipo de empresas ou desenhos incoerentes.
navegação - outrora utilizado para o ato da locomoção de embarcações, em um contexto atual envolve a movimentação entre elementos da informática, seja visual, seja hipertextual.
periférico - tudo aquilo que não é a unidade de processamento, que não é obrigatório para seu funcionamento, como monitores, mouses ou teclados.
placa gráfica - dispositivo interno ou externo da central de processamento de um computador, que tem como função transformar as informações do computador em imagens gráficas em um monitor ou projetor.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Alimentação saudável – bolo de chocolate

Estamos recebendo muitos pedidos sobre alimentação saudável, para complementar nossos exercícios físicos e demais dicas de saúde. Então, para atender a todos os pedidos, e não foram poucos, segue uma dica de como ter uma alimentação mais leve.

cake Para que não haja dificuldade, vou me utilizar de uma receita infalível de bolo de chocolate. Por quê? Simples: bolos são muito calóricos por definição, salvo raras excessões, como a que usarei aqui. Se pegarmos a dieta dos pontos, que é bastante utilizada, veremos que um simples e pequeno “Cake in a Mug” conta terríveis 12 pontos!! Então será justamente este que utilizarei como exemplo. (nota: todas as medidas são colheres de sopa, vide post sobre colheres)

farinha A receita do “Cake in a Mug” começa com quatro colheres de farinha de trigo, quatro colheres de açúcar e três de achocolatado. Parem e pensem: a massa é feita de farinha de trigo, que é o que dá substância ao bolo. Como alguns de nós gostamos de bolos mais macios, vamos trocar as quatro colheres de farinha de trigo por quatro colheres de água. Quatro colheres de açúcar!!! QUATRO!!! É uma quantidadeaçucarjpg enorme de calorias! Então vamos trocar as quatro colheres de açúcar  por quatro colheres de água, que é, inclusive, uma sugestão bastante boa para diabéticos, aumentando ainda mais a efetividade deste manual. E, para finalizar esta parte, vamos trocar as três colheres de achocolatado por três colheres de água, para retirarmos a gordura do cacau e também o Chocolate açúcar do achocolatado; não adianta trocar achocolatado por chocolate em pó, pois a gordura do cacau está presente neste também. Misture bem os ingredientes antes de passar para a etapa seguinte.

leiteNa parte seguinte da receita aparecem 3 colheres de leite. Leite é  saudável, sem dúvida, mas convenhamos: mais açúcar? Se serve para dar fluidez para a massa, troquemos por algo mais leve, como água. Mas mantendo as proporções. Misture bem antes de seguir para a próxima etapa.

oleo Depois de misturar bem o leite, a receita pede 3 colheres de óleo. Óleo de cozinha!! Claro que podemos trocar o nosso velho óleo de soja por um mais saudável como canola ou girassol, mas mesmo estes possuem uma quantidade considerável de agentes que aumentam o colesterol. Tentamos, em nossa cozinha saudável, trocar por manteiga, que surtiu algum efeito, mas a quantidade de gordura ainda estava muito alta, então tentamos uma substituição mais radical: margarina light. Ficou horrível! Então testamos (lembrem-se: TODAS as nossas receitas são testadas por profissionais), com sucesso, outro ingrediente: água. Três colheres de água substituíram com vantagens o óleo. Então não pensem duas vezes, troquem o óleo por água sempre que possível. E misturem bem, claro!

ovoO último ingrediente da receita é um dos mais perigosos para a  saúde: o ovo. Não se iludam com sua cor simpática, sua textura típica e todos estes testes não comprovados cientificamente sobre seu efeito benéfico; ovos são péssimos para sua saúde! Colesterol, gordura, calorias desnecessárias. Tudo isto é sinônimo de ovo. Não pensem duas vezes, troquem o ovo da receita por 100 a 120ml de água. O volume é aproximadamente o mesmo, no final da receita, então se alguém conseguir ver alguma vantagem significativa do ovo em relação ao seu substituto, entre em contato com nossos profissionais. Agora é só misturar bem.

microondasO último passo da receita não tem contra-indicação: 3 minutos na  potência alta de seu microondas. Mas a equipe de profissionais testou a receita com diferentes potências e tempos diferentes, e o tempo ideal de cozimento desta nossa receta light é de 30s em potência média. A temperatura fica a ideal.

agua Espero que tenham gostado desta receita e que consigam não apenas reproduzí-la no aconchego de seu lar, como também possam introduzir as dicas de saúdes implícitas e explicadas no nosso exemplo.

Até a próxima!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Bons modos à mesa – parte 1

Quantas vezes você já passou por esta situação?

hashi Você resolve combinar com seus amigos de comemorar alguma coisa, como um aniversário, promoção ou emprego novo, ou mesmo está querendo curtir a saudável culinária oriental, e algum dos seus amigos não sabe como utilizar os hashi,, os famosos “palitinhos” que os japoneses usam como talheres? Aí você com toda a calma do mundo procura explicar como faz e tudo mais. Na verdade, todas as pessoas da mesa fazem isso ao mesmo tempo, e no final a pessoa acaba aprendendo ou desistindo?

talher01 Sim, é bem comum isso em restaurantes japoneses, já que o uso dos hashi é algo novo. Mas quantas vezes você se depara com gente que tem dificuldade para se utilizar de talheres comuns? Isso mesmo” Garfos, facas e as temidas colheres?

Geralmente as pessoas não perguntam por vergonha, e acabam passando vergonha desnecessariamente. Vergonha é não perguntar. Se você não sabe, pergunte. Ao menos, é meu lema.

Mas o lema deste blog é justamente explicar como as coisas funcionam, para que você, caro leitor, não precise passar vergonha ou causar acidentes ou aquelas situações constrangedoras.

Assim, começo aqui a explicar sobre os talheres. E vamos começar com a colher, por ser o mais subestimado deles. As pessoas se preocupam sempre que facas podem cortar, garfos podem furar, mas muita gente subestima as colheres. Como uma imagem vale mais do que mil palavras:

spoon_cat
Como todos sabem, gatos enxergam coisas que os humanos não. então não preciso dizer mais nada, certo?

Mas como usar a colher? O uso é muito variado, como qualquer pessoa pode verificar de manhã, em barzinhos de bairro, com os pedreiros usando a colherzinha do café para os mais diversos fins, até mesmo para adoçar o café doce dessas padocas. Mas o uso padrão é para levar substâncias até a boca. Geralmente, a sua própria, mas também pode ser usada para a boca alheia. Não se esqueça de pedir permissão ao dono da boca alheia antes de fazê-lo.

colher01 A versatilidade da colher é o maior destaque deste impressionante utensílio. Você pode utilizar com quase qualquer estado da matéria, embora seja mais comum o uso com sólidos e líquidos. Gasosos ou mesmo plasma não são indicados, embora fazer vento (que nada mais é que ar em movimento) é bem mais fácil com uma colher do que com um garfo, e bem menos perigoso do que com uma faca.

Existem diversos tipos de colher, mas todos eles seguem a mesma construção básica: uma área côncava, que é usada para o transporte dos alimentos, geralmente de formato ovalada ou redonda, seguida por um cabo comprido, em torno de 3 vezes o comprimento do maior eixo da área côncava, reto ou levemente abaulado. O cabo é geralmente do mesmo material que esta área, mas pode variar. As combinações mais comuns para colheres estão na tabela à seguir:

Área côncava Cabo
metal metal
metal metal revestido de madeira
metal metal revestido de plástico
metal metal revestido de borracha
madeira madeira
plástico plástico
plástico vagabundo plástico vagabundo
plástico afiado e frágil plástico mais frágil
papel laminado papel laminado
mão antebraço

É necessário tomar muito cuidado, porque baseando-se apenas na descrição podemos cair em alguns erros muito comuns. Quem nunca viu nenhum desses utensílios colocados erroneamente em uma mesa que atire a primeira toalha de mesa:

colher02

Colher de pedreiro: de longe o mais comum. A maior causa da confusão aqui é causada pelo nome. Pedreiros costumam ter problemas dentais sérios por conta desta confusão. Este utensílio não deve ser usado em mesas, exceto talvez na construção de mesas de alvenaria, mas nunca como talher. Primeiro porque a área côncava não é côncava como deveria. Assim é bastante complicado pegar algo mais líquido como sopas, ou sólidos mais soltos como arroz. Vagem e uvas então, só com muita prática. Segundo que esta mesma área é geralmente muito grande para a maioria das bocas humanas. Algumas pessoas poderiam alegar que conseguem colocar até mesmo copos ou mãos fechadas na boca, mas estas são, felizmente, excessões. Notem o formato do cabo. Embora esteja constante na tabela de tipos de colher, metal revestido de madeira, ele não é reto, nem levemente abaulado. Embora inicialmente pareça uma vantagem, lembrem-se que o cabo é curto, em relação à área côncava.

pá01

: outro utensílio muito parecido, pois o cabo em geral está nas especificações da colher, tanto em termos de material quanto em proporção. Mas notem a área côncava. Ela é, de fato, côncava, mas o formado dela não é ovalado nem redondo. Este formato é ideal para enterrar em substâncias duras ou muito compactas, como aquele arroz japonês (gohan), mas vale lembrar que, mesmo na versão compacta e dobrável da foto, as dimensões da pá são ainda maiores do que das colheres de pedreiros. Felizmente não conheço nenhum humano que consiga colocar uma pá na boca. E não, não aceito convites de estranhos no Orkut. De estranho já basta eu.

Ancinho

Enxada: Erro pouco comum, mas soube de um jardineiro que havia esquecido de levar seus talheres para o trabalho e resolveu usar seu ancinho para comer seu arroz com feijão. Não foi bonito. Em todo caso, notem a proporção do cabo com a área côncava. É muito superior à das colheres, e isso por si só já é um indicativo que não é um utensílio para se levar à mesa. E a área côncava não está em uma posição boa para a auto alimentação. Embora possa ser usado para misturar massas em grandes quantidades, prefira usar uma colher maior, ou lave muito bem seu ancinho antes de usar.

Além das confusões com outros utensílios, as pessoas costumam não controlar a velocidade do movimento da colher no trajeto prato-boca. Usando utensílios errados, uma experiência geralmente é suficiente para o aprendizado, mas no uso de colheres nem sempre uma vez é suficiente. Use velocidade moderada, no máximo velocidade de cruzeiro.

colher-torta01

Outro erro muito comum é não separaras fileiras superior e inferior de dentes quando a colher deve entrar na boca. Isso geralmente causa danos graves aos dentes ou às colheres, no caso deste erro estar associado ao anterior. Muito cuidado, então, para executar o movimento de abertura total da boca concomitante ao movimento de trazer a colher à boca.

Na próxima parte dos “bons modos à mesa”, trataremos dos garfos, utensílio muito versátil, mas talvez ainda mais controverso do que a colher. E também de uso mais complexo. Sugerimos, então, que dediquem-se a treinar o uso de colheres até lerem nosso próximo capítulo.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Polichinelo para iniciantes

O conceito é simples, embora de execução potencialmente complexa, já que envolte o movimento coordenado de pernas e braços, e alguma atenção deve ser dada em determinado ponto do exercício, conforme explicado no seu devido momento.

O processo começa de forma relativamente simples: juntando as pernas uma à outra (a saber: a perna esquerda à esqueda da perna direita e a perna direita à direita da perna esquerda), e as mantenha distendidas, com os pés formando 90 graus em relação à elas. Convém, neste momento, ressaltar que a manobra polichinelo deve ser executada de pé, em superfície plana e sem efeito de substancias alucinantes ou alteradoras de sentidos. Nesta situação, os braços devem estar paralelos ao sentido do corpo, perpendiculares ao solo, e também não flexionados.

A partir desta posição, deve-se flexionar levemente os joelhos e extendê-los o mais rapidamente para que haja um impulso que vença, momentaneamente, a aceleração da gravidade. Cuidado para não exagerar no impulso e atingir a velocidade de escape neste momento, muito embora este acontecimento só tenha sido registrado uma vez na história da humanidade.

Atenção neste momento: assim que houver desaparecido o contato entre o polichinelante e o solo, deve-se separar as pernas levemente, formando uma angulação variando entre 35 e 50 graus. Ao mesmo tempo, e é aqui que ocorre o primeiro problema, deve-se abrir os braços em um arco paralelo ao sentido longitudinal do corpo, com o intuito de juntar as palmas (das mãos) acima da cabeça. Mas ainda não! Apenas comece o movimento!

A meio caminho da união das palmas (das mãos) acima da cabeça a gravidade deve ter vencido seu impulso inicial e agora a Terra deve estar atraindo o polichinelante. Neste momento atenção para manter a angulação das pernas constantes e, antes de realizar o contato com o solo, juntar as palmas das mãos acima da cabeça, preferencialmente no mesmo momento que os pés tocam o solo. A posição final deste primeiro passo deve ser semelhante ao perfil da Torre Eifell. Se estiver parecendo a Torre de Pisa ou as Torres Gêmeas, verifique novamente a posição inicial ou a situação de sua coluna (ver página 445-E do manual da postura global). Caso a posição esteja correta, começa o segundo passo do exercício.

Com as pernas ainda no ângulo que se encontram a descida ao solo, deve-se flexionar novamente os joelhos e impulsionar o corpo contra a aceleração da gravidade, resolutando novamente no momento conhecido como ascensão, vôo ou flutuação (para exercícios executados em piscinas ou corpos de água). Neste momento ocorre a aproximação das pernas de forma rápida e inexorável, para voltar a posição inicial de paralelismo e, novamente mantendo a sincronia do movimento, deve-se voltar os braços na direção da cintura do exercitante (evitar levar os braços na direção da cintura de outra pessoa, por mais interessante que pareça. Não insista!), tomando o cuidado, novamente, para que o movimento só termine no momento final do MRUV de volta para o solo, de forma que o momento que a aceleração do salto se iguale a aceleração da gravidade, que marca o momento intermediário do movimento, seja sincronizado com a posição dos braços em forma de cruz (em relação ao corpo, não um ao outro; se isso acontecer consulte um pediatra).

No momento final a posição no exercitante deve ser igual a de uma vela. Se parecer uma chave-de-fenda, reco-reco ou maçaneta de kombi, volte ao ortopedista o quanto antes.

Erro mais comum: o movimento todo dos braços e pernas (abrí-los e fechá-los) ocorre durante apenas a primeira ascenção. Evite isso, faz parecer uma líder de torcida norte-americana. E, vale lembrar, esse guia de saúde não foi formulado para a ação da gravidade acima da linha do equador.

nota: este exercício não possui imagens até o momento devido à complexidade de produção das mesmas, dado o nível de qualidade exigido pelos diretores

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Respondendo às dúvidas

Como cortar macarrão no prato corretamente

Taty disse...
“Chorando de rir aki!!!!”

Agradecemos seu contato e ficamos muito felizes de sber que houve o complexo choro/riso em sua face com nossas explicações. Qualquer dúvida ou comentário, não exite em entrar em contato!

Ciça J. Reis disse...
“Minha vida mudou sobremaneira. Não sabia como resolver esta difícil tarefa de conciliar uma boa alimentação com miojos e a execução de outras tarefas!
Gostaria de solicitar uma aula completa de como usar um calçado sem cadarços, pois fiquei muitos anos treinando a arte de amarrar cadarços e agora encontro muitos tênis sem cadarço. Como faço? Posso enviar uma foto do meu tênis sem cadarço pra vcs me ajudarem?”

Olá, leitora! Estamos honrados cou seu contato e nos sentimos repletos de alegria e contentamento em saber que pudemos auziliar mais uma pessoa com nossos tutoriais e guias!

Sobre sua solicitação, mandamos para o departamento de Pesquisa para análise da situação e informamos que, assim que nos for possível, explicaremos como calçar e utilizar seus novos calçados!

Fazer gelo, uma tarefa das mais complexas

Peu Japiassu Reis disse...
“Finalmente!
Após diversas tentativas, consegui fazer gelo! Seguindo as instruções da receita, tive o prazer de tomar o chá da tarde com 3 cubos de gelo, uma rodela de limão na borda do copo e um canudo engraçado.
Muito obrigado pelo blog!”

Sugerimos que tome cuidado ao utilizar canudos engraçados ao ingerir líquidos, pois o bebente pode engasgar com o líquido enquanto ri das graças e peripécias do canudo. Mas nós do “Aprender é Educativo” apreciamos muito o contato relatando sua experiência!

Número 3, o mistério dos números primos…

Marcelo Imperatrice disse...
”Hahaha!
Muito útil essa..
mas eu ainda não consigo executar corretamente...
o 3 sai.. mas sai feio demais...”

Geralmente o intuito de realizar o numero três com a mão é passar a idéia funcional, e não estética, do número. Então não há problemas se não sair com a perfeição das fotos. Mas um pouco de prática no espelho pode ajudar.

Peu Japiassu Reis disse...
“tipo, tem algum jeito de fazer o número 3 com as duas mãos e alguém interpretar como 33 (trinta e três)?
às vezes vou no médico e ele pede pra eu falar, mas qdo eu tou com dor de garganta, dá pra fazer o gesto, né?”

É sempre possível haver o entendimento dos dois números 3 consecutivos, mas é mais raro. A soma é um dos princípios básicos da adição e, como tal, gera o número 6 na matemática convencional. Se seu médico solicitar que você fale com dor de garganta, mude de médico.

Ciça J. Reis disse...
“Vc poderia me elucidar em um assunto muito intrigante?
Segunte, eu vi a forma como vc nos ensinou a fazer o 3, mas conheço pessoas que fazem o três juntando o polegar e o indicador, fazendo o numeral com o médio, o anelar e o mínimo. E vejo também pessoas que fazem o três abaixando o mínimo e o anelar, fazendo o numero surgir com o dedão, o indicador e o médio.
Estas formas são igualmente corretas?
Obrigada!”

Sim, as três formas são igualmente corretas, mas o estilo clássico é como foi ensinado. Os outros estilos são menos elegantes, e ao menos um deles possui outro sentido (4 pessoas tomando banho, com uma abaixada pegando o sabonete caído), então procura-se evitar o uso por pessoas de fino trato. Mas, novamente, se o intuito é passar a noção numeral, então qualquer das três formas é suficiente.

Rafaela disse...
“Eu posso utilizar a outra mão para conseguir dobrar o mindinho enquanto meu polegar tenta alcaçar o dedo mínimo?
Obrigada, senhor!”

Rafaela: geralmente é como os iniciantes na prática manonumeral fazem o três, então pode sim, mas evite que outras pessoas vejam você fazendo, por questão de etiqueta e mesmo segurança. Houve um caso famoso nas antiga Grécia onde um interlocutor aleijou severamente outro ao tentar usar as duas mãos para fazer o três. Se segurança é algo que está sempre em primeiro lugar, faça o três antes de sair de casa, e o mantenha executado até o momento que for necessário.