quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Polichinelo para iniciantes

O conceito é simples, embora de execução potencialmente complexa, já que envolte o movimento coordenado de pernas e braços, e alguma atenção deve ser dada em determinado ponto do exercício, conforme explicado no seu devido momento.

O processo começa de forma relativamente simples: juntando as pernas uma à outra (a saber: a perna esquerda à esqueda da perna direita e a perna direita à direita da perna esquerda), e as mantenha distendidas, com os pés formando 90 graus em relação à elas. Convém, neste momento, ressaltar que a manobra polichinelo deve ser executada de pé, em superfície plana e sem efeito de substancias alucinantes ou alteradoras de sentidos. Nesta situação, os braços devem estar paralelos ao sentido do corpo, perpendiculares ao solo, e também não flexionados.

A partir desta posição, deve-se flexionar levemente os joelhos e extendê-los o mais rapidamente para que haja um impulso que vença, momentaneamente, a aceleração da gravidade. Cuidado para não exagerar no impulso e atingir a velocidade de escape neste momento, muito embora este acontecimento só tenha sido registrado uma vez na história da humanidade.

Atenção neste momento: assim que houver desaparecido o contato entre o polichinelante e o solo, deve-se separar as pernas levemente, formando uma angulação variando entre 35 e 50 graus. Ao mesmo tempo, e é aqui que ocorre o primeiro problema, deve-se abrir os braços em um arco paralelo ao sentido longitudinal do corpo, com o intuito de juntar as palmas (das mãos) acima da cabeça. Mas ainda não! Apenas comece o movimento!

A meio caminho da união das palmas (das mãos) acima da cabeça a gravidade deve ter vencido seu impulso inicial e agora a Terra deve estar atraindo o polichinelante. Neste momento atenção para manter a angulação das pernas constantes e, antes de realizar o contato com o solo, juntar as palmas das mãos acima da cabeça, preferencialmente no mesmo momento que os pés tocam o solo. A posição final deste primeiro passo deve ser semelhante ao perfil da Torre Eifell. Se estiver parecendo a Torre de Pisa ou as Torres Gêmeas, verifique novamente a posição inicial ou a situação de sua coluna (ver página 445-E do manual da postura global). Caso a posição esteja correta, começa o segundo passo do exercício.

Com as pernas ainda no ângulo que se encontram a descida ao solo, deve-se flexionar novamente os joelhos e impulsionar o corpo contra a aceleração da gravidade, resolutando novamente no momento conhecido como ascensão, vôo ou flutuação (para exercícios executados em piscinas ou corpos de água). Neste momento ocorre a aproximação das pernas de forma rápida e inexorável, para voltar a posição inicial de paralelismo e, novamente mantendo a sincronia do movimento, deve-se voltar os braços na direção da cintura do exercitante (evitar levar os braços na direção da cintura de outra pessoa, por mais interessante que pareça. Não insista!), tomando o cuidado, novamente, para que o movimento só termine no momento final do MRUV de volta para o solo, de forma que o momento que a aceleração do salto se iguale a aceleração da gravidade, que marca o momento intermediário do movimento, seja sincronizado com a posição dos braços em forma de cruz (em relação ao corpo, não um ao outro; se isso acontecer consulte um pediatra).

No momento final a posição no exercitante deve ser igual a de uma vela. Se parecer uma chave-de-fenda, reco-reco ou maçaneta de kombi, volte ao ortopedista o quanto antes.

Erro mais comum: o movimento todo dos braços e pernas (abrí-los e fechá-los) ocorre durante apenas a primeira ascenção. Evite isso, faz parecer uma líder de torcida norte-americana. E, vale lembrar, esse guia de saúde não foi formulado para a ação da gravidade acima da linha do equador.

nota: este exercício não possui imagens até o momento devido à complexidade de produção das mesmas, dado o nível de qualidade exigido pelos diretores

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Respondendo às dúvidas

Como cortar macarrão no prato corretamente

Taty disse...
“Chorando de rir aki!!!!”

Agradecemos seu contato e ficamos muito felizes de sber que houve o complexo choro/riso em sua face com nossas explicações. Qualquer dúvida ou comentário, não exite em entrar em contato!

Ciça J. Reis disse...
“Minha vida mudou sobremaneira. Não sabia como resolver esta difícil tarefa de conciliar uma boa alimentação com miojos e a execução de outras tarefas!
Gostaria de solicitar uma aula completa de como usar um calçado sem cadarços, pois fiquei muitos anos treinando a arte de amarrar cadarços e agora encontro muitos tênis sem cadarço. Como faço? Posso enviar uma foto do meu tênis sem cadarço pra vcs me ajudarem?”

Olá, leitora! Estamos honrados cou seu contato e nos sentimos repletos de alegria e contentamento em saber que pudemos auziliar mais uma pessoa com nossos tutoriais e guias!

Sobre sua solicitação, mandamos para o departamento de Pesquisa para análise da situação e informamos que, assim que nos for possível, explicaremos como calçar e utilizar seus novos calçados!

Fazer gelo, uma tarefa das mais complexas

Peu Japiassu Reis disse...
“Finalmente!
Após diversas tentativas, consegui fazer gelo! Seguindo as instruções da receita, tive o prazer de tomar o chá da tarde com 3 cubos de gelo, uma rodela de limão na borda do copo e um canudo engraçado.
Muito obrigado pelo blog!”

Sugerimos que tome cuidado ao utilizar canudos engraçados ao ingerir líquidos, pois o bebente pode engasgar com o líquido enquanto ri das graças e peripécias do canudo. Mas nós do “Aprender é Educativo” apreciamos muito o contato relatando sua experiência!

Número 3, o mistério dos números primos…

Marcelo Imperatrice disse...
”Hahaha!
Muito útil essa..
mas eu ainda não consigo executar corretamente...
o 3 sai.. mas sai feio demais...”

Geralmente o intuito de realizar o numero três com a mão é passar a idéia funcional, e não estética, do número. Então não há problemas se não sair com a perfeição das fotos. Mas um pouco de prática no espelho pode ajudar.

Peu Japiassu Reis disse...
“tipo, tem algum jeito de fazer o número 3 com as duas mãos e alguém interpretar como 33 (trinta e três)?
às vezes vou no médico e ele pede pra eu falar, mas qdo eu tou com dor de garganta, dá pra fazer o gesto, né?”

É sempre possível haver o entendimento dos dois números 3 consecutivos, mas é mais raro. A soma é um dos princípios básicos da adição e, como tal, gera o número 6 na matemática convencional. Se seu médico solicitar que você fale com dor de garganta, mude de médico.

Ciça J. Reis disse...
“Vc poderia me elucidar em um assunto muito intrigante?
Segunte, eu vi a forma como vc nos ensinou a fazer o 3, mas conheço pessoas que fazem o três juntando o polegar e o indicador, fazendo o numeral com o médio, o anelar e o mínimo. E vejo também pessoas que fazem o três abaixando o mínimo e o anelar, fazendo o numero surgir com o dedão, o indicador e o médio.
Estas formas são igualmente corretas?
Obrigada!”

Sim, as três formas são igualmente corretas, mas o estilo clássico é como foi ensinado. Os outros estilos são menos elegantes, e ao menos um deles possui outro sentido (4 pessoas tomando banho, com uma abaixada pegando o sabonete caído), então procura-se evitar o uso por pessoas de fino trato. Mas, novamente, se o intuito é passar a noção numeral, então qualquer das três formas é suficiente.

Rafaela disse...
“Eu posso utilizar a outra mão para conseguir dobrar o mindinho enquanto meu polegar tenta alcaçar o dedo mínimo?
Obrigada, senhor!”

Rafaela: geralmente é como os iniciantes na prática manonumeral fazem o três, então pode sim, mas evite que outras pessoas vejam você fazendo, por questão de etiqueta e mesmo segurança. Houve um caso famoso nas antiga Grécia onde um interlocutor aleijou severamente outro ao tentar usar as duas mãos para fazer o três. Se segurança é algo que está sempre em primeiro lugar, faça o três antes de sair de casa, e o mantenha executado até o momento que for necessário.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Número 3, o mistério dos números primos…

Bom, começo minhas explicações com o famoso número 3.

dedo01

Para muitas pessoas isso é muito complexo, por isso elaborei para alguns amigos meus, um método que eu considero de execução de fácil a médio e que qualquer um que não seja presidente pode fazer em casa mesmo:

Abaixe o dedo mínimo (mindinho, para alguns) e mantenha-o abaixado com o auxílio do polegar (o dedo do "jóia", ou da "carona"), prendendo o último segmento do mínimo com a ponta deste. Mantenha os três dedos restantes (a saber: indicador, médio e anelar) extendidos, o mais reto possível. Pode ser um pouco complicado manter o anelar extendido por inteiro, já que a terminação muscular deste é muito próxima à do mínimo. O segredo é manter o mínimo bem preso pelo polegar (vide foto a seguir) e forçar o máximo os dois para cima (anelar e mínimo, não polegar e mínimo). Assim está feito um número 3 muito bem feito, reconhecido em quase todos os países.

dedo02

Essa técnica é tão boa que pode ser executada com qualquer uma das mãos e, para pessoas mais experientes, até com ambas ao mesmo tempo. Mas não aconselho fazer isso se você não tiver certeza absoluta do número que quer fazer, pois ao usar ambas as mãos ao mesmo tempo ocorrerá um fenômeno matemático chamado "soma", onde o valor de dois números é magicamente combinado para formar um terceiro. Com o auxímio de uma calculadora ou régua de calcular poderá verificar que, ao fazer os dois números 3 ao mesmo tempo você indicará o número 6, então usem esta técnica com parcimônia.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Fazer gelo, uma tarefa das mais complexas


Antes de adentrarmos ao congelante mundo do gelo, devo explicar que o gelo nada mais é do que a água em temperatura igual ou inferior a 0º Celcius. Portanto, você pode adicionar gelo em praticamente todas bebidas sem se preocupar com mpossíveis alterações no sabor (a menos, claro, que você coloque uma forma de gelo em um copo de suco, o que vai resultar em uma bebida totalmente gelada e aguada!).
Prosseguindo. Você vai precisar de três materiais para fazer gelo:
- água
- formas de gelo
- um congelador

A água pode ser a da torneira, ou do filtro ou de galões de água mineral, o resultado será o mesmo.
As formas de gelo exigem um pouco mais de atenção. É interessante que você saiba como irá utilizar o gelo para poder escolher adequadamente a forma. Exemplificando: para utilizá-las em bebidas, as formas convencionais, com pequenos quadradinhos são suficientes. Mas se vc quiser uma mini escultura de gelo, para decoração de uma festa, aí você precisa ter a forma correta para tal escultura. Se você gosta de picar gelo e não se importa em molhar a cozinha inteira fazendo isso, então você pode pegar qualquer pote plástico que já vai resolver seu problema.
Congelador: a parte de cima da geladeira, onde as temperaturas são as mais baixas. Em algumas geladeiras ele é separado por uma porta individual. Em outras, é necessário que você abra a porta da geladeira e na sequência a porta do congelador. Mas se você tem um freezer em casa você não precisa se preocupar com a geladeira.

O procedimento é simples, mas requer atenção.
Primeiro você pega a forma de gelo que melhor se adeque às suas necessidades. Depois leve-a até a torneira, filtro ou galão de água (se preferir, também pode colocar a água em uma jarra e fazer todo o procedimento em cima da pia ou mesa). Na sequência você abre a torneira, filtro ou galão de água bem pouquinho e deixa a água entrar na forma. Não esqueça que, se você utilizar as formas convencionais, existem duas maneiras de enchê-las: quadradinho por quadradinho, que leva mais tempo; ou deixando que a água vá percorrendo toda a extensão da forma sozinha (sim, a água sabe quando deve começar a encher o próximo quadradinho!). Se for qualquer outra forma, encha até próximo a borda, deixando sempre alguns centímetros de sobra, para que o gelo possa "crescer" e para que você não derrube a água no chão no caminho entre a torneira, filtro ou galão até a geladeira ou freezer. Sim, você deve segurar a forma bem firme e andar na direção do seu congelador, abrindo a porta e acomodando a forma de modo que ela fique em posição reta. Feche a porta do congelador e da geladeira ou do freezer. O tempo de espera para que o gelo fique pronto vai depender da temperatura da sua geladeira ou freezer, mas , normalmente, algumas horas são suficientes. A dica é que você não precisa ir de minuto em minuto olhar pra ver se o gelo já se formou. Caso isso aconteça e você nem perceba, isso não fará grande diferença no resultado final da experiência. Se, findada cerca de 4 ou 5 horas e o gelo estiver formado, parabéns! Você já consegue fazer mais uma das dificílimas tarefas que ensinamos neste blog!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Como cortar macarrão no prato corretamente

Esta é uma tarefa um tanto quanto complexa e passível de represálias. Muitos dirão que o macarrão não deve ser cortado, e sim, enrolado no garfo com o auxílio de uma colher.
De qualquer maneira, saborear um Nissin Miojo ou um Talharim pode se tornar muito mais prático se os fios - que podem chegar a 30cm! - forem devidamente reduzidos a um tamanho que caibam no garfo com apenas um movimento. Isso pode ser altamente aconselhável para as pessoas que possuem o hábito de comer enquanto realizam outras tarefas, como ver televisão, ler, conversar, amarrar os sapatos ou praticar sua musicalidade no seu instrumento favorito. Eu mesmo costumo almoçar tocando acordeon.

Em primeiro lugar, o prato com o alimento deve estar pronto. Em breve ensinaremos como preparar um Miojo corretamente. Você vai precisar de, além do prato, obviamente, de um garfo e uma faca, preferencialmente de serra. Após estar sentado numa cadeira de altura confortável, na frente de uma mesa com o prato, pegue os dois instrumentos supra-citados (cada um com uma das mãos, da mesma maneira que você costuma cortar alimentos) e faça cortes começando na parte do prato mais próxima do seu tórax. Lembrando que os cortes devem ir de uma borda a outra do prato. Os cortes devem ser feitos em intervalos de aproximadamente 5 cm (cerca de 1,97 pol), para que a totalidade da área do prato seja coberta.

O grande truque para que o macarrão seja cortado em pedaços com tamanho ideal é o seguinte. Após o término da primeira etapa dos cortes, solte os talheres, pegue o prato e o rotacione num ângulo exato de 90º. Solte o prato (que não deve ser erguido da mesa) e retome os talheres nas mãos, na mesma posição inicial. O procedimento de cortes transversais deve ser repetido. Se for necessário, retome a leitura naquela etapa.

A tarefa, que está prestes a ser concluída, envolve uma segunda rotacionada no prato, desta vez, num ângulo de 45º, para que os fios que resistiram pelas duas investidas anteriores no prato sucumbam. Tome nota que os cortes também podem ser feitos da parte mais distante do prato (com relação à pessoa que vai se alimentar) para a parte mais próxima, mas isso requer um pouco mais de treino.

Encerrando os três estágios de cortes (90º + 90º +45º), o alimento está pronto para ser ingerido, sem que seja necessário qualquer tipo de atenção ao prato. Eventualmente, checar se não caiu nenhum corpo estranho.

Agradeço a atenção e fica o convite para quem quiser compartilhar seus métodos.